segunda-feira, 18 de abril de 2016

 INÍCIO DO 3º SEMESTRE DO CURSO
                                    PEAD
                                                          

domingo, 6 de dezembro de 2015


 

 
 
 
                              Educar uma infância pós-moderna
 



     Após as leituras dos textos propostos, assitir ao vídeo e pesquisar sobre essa temática em outras fontes,  constato que infância é uma construção cultural, social e histórica permeadas de mudanças e transformações que alteram a forma de ser e estar no mundo dentro da cultura pós-moderna.  Segundo  Bauman (2003),  sociedade pós-moderna  é uma época de liquidez nos acontecimentos e apesar da velocidade das informações difundidas, a superficialidade e o individualismo vigora, gerando sérios conflitos internos de incertezas e insegurança no indivíduo.
      A  mídia é  instrumento de manipulação muito viva e presente no nosso cotidiano e estabelece a lógica comercial que produz os padrões socioculturais voltados aos interesses das empresas na sociedade consumista e ao atingir o público infantil, traz uma carga de consumo de produtos, gêneros e marcas destinados exclusivamente para as crianças, implicado-as e imbricando-as numa sociedade de consumo e de  fugacidade.      
   A mídia e o consumo desenfreado, como espaço formativo, estabelece padrõe infantis de beleza, de comportamentos, moda, enfim... E com essa interferência e intervenção preocupante na personalidade e na identidade da criança como sujeito de sua história no mundo. E nessa cultura fabricada pela mídia e pelo consumo, se configura novos modos de ser criança e de viver a sua infância e acaba refletindo diretamente no âmbito escolar e na sua produção/educação.
     Conforme a citação da autora:" torna-se impossível fechar os olhos e negar-se a ver que os espaços da mídia constituem- se também como lugares de formação – ao lado da escola, da família, das instituições religiosas." (FISCHER, 2002, p. 153)
      Os problemas sociais da atualidade como o aumento da violência contra à criança, a  exploração no trabalho infantil e a exploração sexual atingem e subtraem os direitos invioláveis da criança à sua identidade, à sua formação, à sua liberdade, ao respeito, à sua dignidade, violando o papel da criança e toda a sua subjetividade infantil. .
     Crianças pós-modernas são um desafio para a educação escolarizada porque não permitem o estabelecimento de uma ordem e a elaboração de planos a longo prazo, provocando desestabilização das pedagogias e causando inquietações. enquadrá-las nos lugares tradicionalmente designados para infantis e para escolares. Provocam novos estudos e pesquisa  no campo da educação.
      Concluo que se faz  necessário e urgente a ESCOLA retomar o lugar social da criança como sujeito da sua história e também, constituindo-se como sujeito moderno aprendente de sua nova existência.
 
                                                 
 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

*MOMO. Mariângela. Mídia e Consumo na Produção da Infância Pós-moderna. REU, Sorocaba, SP, v. 36, n. 1, p. 67-87, jun. 2010

*FISCHER, Rosa Maria. Dispositivo pedagógico da mídia: formas de educar na (e pela) TV. Educação e Pesquisa, São Paulo, v.28, n.1, p. 151-162, jan./jun. 2002. Texto completo disponível em: http://www.revistas.usp.br/ep/article/view/27882/29654

*VÍDEO de Zygmunt Bauman e a Pós-Modernidade para ampliar os conceitos de pós-modernidade. https://www.youtube.com/watch?v=58MMs5j3TjA

 

 






 
    As crianças são o grande alvo do mercado publicitário, pois influenciam a decisão dos pais na compra de produtos infantis. As crianças de toda forma são alvos... isso mostra, assim como nos diz Calligari "As crianças têm dois deveres. Um, salutar, é o dever de crescer e parar de ser crianças. O outro, mais complicado, é o de ser felizes, ou melhor, de encenar a felicidade para os adultos."
     A publicidade direcionada ao público infantil sustenta esforços profissionais carregados de atrativos na sedução do consumidor infantil, um poder de persuasão e obtenção de reconhecimento junto ao universo infantil, pela intermediação de brinquedos, dos personagens infantis e da marca. Esses fatores despertaram nas empresas o interesse em produzir meios de consumo para o público infantil.                                            
     Vivemos em sociedade consumista e a onda consumista está também atingindo nossas crianças. E quando se fala só em consumo não estou me referindo somente a bens materiais. Fama, sucesso também está na lista de interesses de nossas crianças. E a mídia  vincula propagandas destinadas ao público infantil.                                        
     Quando estas ainda estão em seus primeiros anos de vida a escolha é feita pelos pais, mas assim que, começam a poder emitir opiniões começam a escolher. No entanto, por mais opinião que tenham, caberia aos pais o bom senso de dosar este consumo. E como podem fazê-lo se, em sua grande maioria também são consumistas. E diante dos exemplo dos pais, realmente é possível dizer que nossas crianças são consumistas ou estão reproduzindo um modelo.

                        
                              Como proteger as crianças do consumismo?
 
 
                                    
 
 Até os 12 anos, a criança não possui senso crítico para entender o significado da publicidade. Em casos extremos, o consumismo pode levar a problemas como obesidade infantil e erotização precoce Uma família é incapaz de combater essa indústria que gasta anualmente bilhões de dólares para manipular seus filhos.  A soma delas, no entanto, pode lutar por uma abordagem mais ética desse sistema que induz indivíduos desprovidos de senso crítico a comprar compulsivamente e desnecessariamente.                                                                
Além disso, é possível adotar dentro de casa e na escola atitudes para proteger as crianças dos males causados pelo bombardeio publicitário. Impor limites, dialogar e refletir sobre a própria postura como consumidor são algumas das possibilidades. Por estarem mais próximos, pais e educadores são os principais atores para orientar as crianças na hora das compras.
      Toda a sociedade pode contribuir de alguma forma, mas pais e educadores são os principais atores dessa causa por estarem envolvidos diretamente com as principais vítimas dos abusos da publicidade.
 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:     






criancaeconsumo.org.br/consumismo-infantil/

* O direito à tristeza (Contardo Calligaris)/ Texto de Apoio





 

 

 


                             

         





                                        
 Estudos e reflexões sobre o Texto “A maquinaria escolar” (Julia Varela; Fernando Alvarez-Uria)

      O texto nos traz a reflexão sobre a maquinaria escolar no século XIV, XV e XVI onde as crianças eram vistas como adulto, desde a vestimenta, festas, jogos até o trabalho infantil. E com a leitura proposta é possível constatar que a criança era tida como uma espécie de instrumento de manipulação ideológica dos adultos e, a partir do momento em que elas apresentavam independência física, eram logo inseridas no mundo adulto. A criança não passava pelos estágios da infância estabelecidos pela sociedade atual. Outro fator importante era que a socialização das crianças durante a Idade Média não era controlada pela família, e a educação era garantida pela aprendizagem através de tarefas realizadas juntamente com os adultos. Sob forte influência da igreja. A igreja elaborava programas educativos a fim de doutrinar jovens dentro de um contexto missionário.

     A infância começa a configura-se a partir do século XIV e a compreensão a  respeito da infância, é algo muito recente na história da humanidade, tendo sido influenciada determinantemente por questões moralistas e cristãs, conforme apontam os estudos de Varella e Alvarez-Uria, transcritos no texto “A Maquinaria Escolar," escrito em 1992.

     De acordo com Áries, as crianças eram vistas nos séculos XIV, XV e XVI como um adulto em miniatura, sem emoções ou razões que justificassem sua existência. Eram inseridas na sociedade de qualquer forma, sem levar em consideração as poucas possibilidades que sua estrutura física e mental tinha para determinadas tarefas, ou seja, a criança vivia misturada ao mundo adulto de tal maneira que não havia diferença quanto a forma de vestir, jogos, atividades, aprendizagens e até mesmo, em relação ao mundo do trabalho.

     Mais tarde aparecem as fases do desenvolvimento humano principalmente a infância e suas características começam a ser compreendidas e na visão do historiador isto foi um grande avanço. Entendemos que após esse longo período de “não existência da infância” percebe-se a necessidade de uma nova postura para com estes novos membros da sociedade, do séc XVI ao XVIII, a partir das novas famílias que surgiam, viu-se a necessidade de ver com outros olhos essas crianças de forma que ao separá-las e isolá-las dos adultos, ficava mais fácil educar com propósito que desejassem. Onde começamos entender a formação da infância ligada as classes sociais, com a família moderna e práticas educativas voltadas à necessidade de programas do governo. Nesta abordagem também temos a  influencia religiosa dos jesuítas que trouxe o ensino, lutando por modificações e substituições de métodos.

     Criou-se a escola, para ser um ambiente que se ocupava em reter essas crianças e adolescentes e lhes ensinar o que era preciso aos olhos dos governos. Mesmo diante dessas mudanças, até a entrada do séc. XIX as crianças pobres ainda tinham muito de igual aos adultos, ainda eram cobradas e ajudavam no trabalho e se vestiam como adulto.

     No séc. XIX que surge com mais força essa concepção de bebê, aquele ser plenamente dependente da família. Segundo Ariès o sentimento entre a família para com as suas crianças, seus bebês só aparece no início do séc. XIX.

     Atualmente, a criança parece se situar como um sujeito que detêm seu espaço na sociedade, um indivíduo exigente, questionador, possuidor de mercado consumidor, leis, programas televisivos e ciências dedicadas a elas. E conclui-se que a ideia de infância é extremamente moderna.

 

 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICOS: 


*VARELA, Júlia & ALVAREZ-URIA, Fernando. A Maquinaria Escolar. In: Teoria e educação, 6, 1992 (p. 01 – 17), disponível em: https://moodle.ufrgs.br/pluginfile.php/1350700/mod_resource/content/2/A%20Maquinaria%20Escolar.pdf .

 

*Estatuto da Criança e do Adolescente – Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, e legislação correlata. 9 ed. Brasília: Câmara dos Deputados, Edições Câmara, 2007. Disponível em:

 
 
 

 

      De acordo com os meus estudos nas fontes disponibilizadas nas aulas da Interdisciplina e  agregando outras pesquisas de outras fontes durante o semestre, constato que a psicolinguista argentina desvendou os mecanismos pelos quais as crianças aprendem a ler e escrever, o que levou os educadores a reverem radicalmente seus métodos e causou um grande impacto sobre a concepção que se tinha do processo de alfabetização até então.

     Emilia Ferreiro se tornou uma espécie de referência para o ensino brasileiro e seu nome passou a ser ligado ao construtivismo, campo de estudo inaugurado pelas descobertas a que chegou o biólogo suíço Jean Piaget (1896-1980) na investigação dos processos de aquisição e elaboração de conhecimento pela criança, ou seja, de que modo ela aprende. As pesquisas de Emilia Ferreiro, que estudou e trabalhou com Piaget, concentram o foco nos mecanismos cognitivos relacionados à leitura e à escrita, influenciando as próprias normas do governo para a área, expressas nos Parâmetros Curriculares Nacionais.

      Dentre as obras de Emilia Ferreiro:"Psicogênese da Língua Escrita" é a mais importante e não apresenta nenhum método pedagógico, mas revela os processos de aprendizado das crianças, questionando os métodos tradicionais de ensino da leitura e da escrita. "A história da alfabetização pode ser dividida em antes e depois de Emilia Ferreiro", diz a educadora Telma Weisz, que foi aluna da psicolinguista.

     Tanto as descobertas de Piaget como as de Emilia levam à conclusão de que as crianças têm um papel ativo no aprendizado. Elas constroem o próprio conhecimento, daí a palavra construtivismo. A principal implicação dessa conclusão para a prática escolar é transferir o foco da escola e da alfabetização em particular,do conteúdo ensinado para o sujeito que aprende, ou seja, o aluno. "Até então, os educadores só se preocupavam com a aprendizagem quando a criança parecia não aprender", diz Telma Weisz. "Emilia Ferreiro inverteu essa ótica com resultados surpreendentes"

     De acordo com a teoria exposta em Psicogênese da Língua Escrita, toda criança passa por quatro fases até que esteja alfabetizada:

pré-silábica: não consegue relacionar as letras com os sons da língua falada;

silábica: interpreta a letra a sua maneira, atribuindo valor de sílaba a cada uma;

silábico-alfabética: mistura a lógica da fase anterior com a identificação de algumas sílabas;

alfabética: domina, enfim, o valor das letras e sílabas.

     Concluindo, o que impactou-me  que se faz necessário que a criança seja respeitada quanto ao seu tempo e limite de maturação cognitiva. Saberemos adentrar a uma porta que se abrirá, mas perceberemos quando esta ainda estiver fechada. Como citou Emília Ferreiro não há um tempo específico para alfabetizá-la, pois o que sabe e trás consigo que são os conhecimentos prévios precisam ser valorizados nesse processo...Isso é letramento, daí se dará o início à alfabetização.







                                                          

      Nos estudos das teorias freudianas que realizamos no semestre na interdisciplinar  de PSICOLOGIA I e com referência às noções de Ego, Superego e Id, são primordiais para conseguirmos compreender o nosso aluno  e o seu desenvolvimento à luz da psicanálise de Freud,  auxiliando-o neste processo de definição de normas e limites.
    Compreender que nosso cérebro vive em conflito quanto ao que acredita que deve ser feito e o que é incitado a fazer, é uma maneira de conscientizar-se de que o diálogo deve ser a atitude mais constante em sala de aula. Chamar a atenção do aluno sem que ele compreenda o que teve de equivocado na sua ação não resultará em crescimento algum. Em sala de aula, aprimoramos as exigências do Superego e tentamos tolher os desejos do Id. Mas quem são eles mesmo?

 Segundo Freud, as três instâncias da mente humana:


* ID - instinto, impulso, desejo, princípio de prazer

* SUPEREGO - Censura, busca de cumprimento de deveres e normas incutidas pela cultura e sociedade

* EGO - centro da consciência. Soma dos pensamento, sentimentos, ideias, lembranças.

Relembramos as fases do desenvolvimento humano:




     E compreendendo a fase do desenvolvimento da criança, temos ciência da melhor forma de intervir e no que acarretará esta ou aquela interação com a criança.

 

 





domingo, 13 de setembro de 2015

 

INTERDISCIPLINA:  Desenvolvimento E Aprendizagem Sob O Enfoque Da Psicologia I


REPENSANDO SOBRE AS QUESTÕES ABAIXO:

 1) O que é aprendizagem? 

 Na minha concepção, a aprendizagem é o processo de aquisição, construção e o desenvolvimento do conhecimento humano, e esse   processo pelo qual as competências, habilidades, conhecimentos, comportamentos ou valores são adquiridos ou modificados, como resultado de estudo, experiência, formação, raciocínio e observação ocorre durante à vida do sujeito.

 ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

2) Como ocorre a aprendizagem?

Eu defino que aprendizagem ocorre como um processo contínuo e permanente de forma individual e relacional com o meio e com o outro, através de etapas desde a preparação até a transformação e mudança de comportamento do sujeito diante da aquisição do seu conhecimento

-------------------------------------------------------------------------------------------------------- 

3) Qual a relação entre aprendizagem e desenvolvimento?

Relacionando a aprendizagem e o desenvolvimento percebe-se  que é uma relação complexa e interligada, pois o processo de aprendizagem do indivíduo depende da sua experiência interativa com o meio e da aquisição do seu conhecimento, promovendo  o seu desenvolvimento mental, social, cultural.

-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

4) Qual a relação entre ensino e aprendizagem?    

 No meu ponto de vista, há uma relação intrínseca e interdependente entre o ensino e a aprendizagem. "Não há ensino se não há aprendizagem".   O processo de ensino e aprendizagem é um sistema de interações comportamentais interdependentes da ação humana entre professores e alunos. Considero que o ensino é a motivação e estimulação  para a aprendizagem eficiente e significativa dos sujeitos.

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
 

5) Qual a relação entre afeto e aprendizagem?

Considero que a relação afeto e aprendizagem são  vitais, interativas e devem entrelaçar-se na práxis pedagógicas e na atividade cognitiva do aluno. A relação de afetividade, de acolhimento, de respeito e outros bons sentimentos deve tecer o processo do ensino-aprendizagem para que os resultados sejam positivos e favoráveis a todos os atores sociais do contexto escolar.

-------------------------------------------------------------------------------------------------- 

6) Considerando suas respostas anteriores, como deveria ser, na sua opinião, o ensino na escola?

Na minha opinião, a ESCOLA deveria  ter o compromisso na construção do seu projeto político-pedagógico com planejamentos e ações nas práticas pedagógicas voltados aos interesses do educando, proporcionando-lhe o  desenvolvimento intelectual, cognitivo, emocional, respeitando e levando sempre em consideração às diversidades étnico-raciais e socioculturais da escola e seu entorno e assim, promovendo uma verdadeira e real INCLUSÃO SOCIAL e uma nova visão de EDUCAÇÃO.